Quem conta: anagraziella
Conta mais: toda mensagem é um sinal.
Eu moro em Fortaleza e não viajava há muito tempo. A última vez tinha sido em 2001, justamente para o mesmo destino em que me dirigi em janeiro deste ano: Rio de Janeiro, cidade que adoro de paixão.
O motivo que me levara até lá é aquele que move montanhas… O amor. Tenho um bebê de 4 anos (eu sei, muitos não o considerarão mais um bebê mas, para as mães, seus filhotes até completarem 80 anos, serão sempre “os seus bebês”) e por isso meu coração ficara dividido entre fazer a viagem e me separar dele a primeira vez. Ou eu ficava em casa, ou não viveria o amor que havia adormecido até então.
Fui com a cara e a coragem, mas sempre com o coração na mão. Chegando ao Rio, pude matar toda aquela saudade da exuberância que essa cidade exerce sobre as pessoas. Andava sozinha pelas ruas, pela orla e sentia uma sensação tão grande de liberdade, de serenidade e de paz, que aquilo me preenchia.
Até que certa vez fui ao shopping e esqueci meus celulares no banheiro. Rapidamente voltei lá, mas não estavam mais. Ninguém os achou ou os devolveu. Aquilo me deixou muito triste e, somado ao fato de que o amor não havia se realizado como o esperado e ter deixado meu filho, aquilo me abalou demais.
Saí do shopping me sentindo muito mal, chorando e tudo, até que entrei em um restaurante para almoçar e, com os olhos inchados, chamei o garçom e disse o que queria.
– Queria? Não quer mais? – disse ele com um sorriso maior do mundo!
Eu dei um sorrisinho e fiz o meu pedido.
Quando ele voltou, ele me disse bem assim:
– Você não é daqui, não é mesmo? Eu percebi. Olha, você é uma pessoa muito legal e humilde, tá? Só queria dizer isso!
Ouvir aquilo foi renovador! Senti como se realmente eu não estivesse sozinha e fosse um recadinho “do alto” para me animar naquele momento.
E tenho certeza de que foi.
Adoro ler essas histórias de como estranhos se ajudam. Me lembram como todo mundo pode fazer o bem, não importando a quem. =D
Essa é a idéia! E que todas nos inspirem sempre! ; )