Quem conta: paulofernandes
Conta mais: a luz no fim do túnel tem alguns nomes.
Depois de passar por uma infância agressiva, uma adolescência conturbada e um começo de vida adulta com perdas (como a morte de minha mãe, por exemplo), comecei a fazer uso de drogas pesadas para tentar esconder o que realmente estava sentindo.
No início era pura curtição, não precisava tocar em nada interiormente. Os altos níveis de euforia que ganhava com o uso começaram a custar muito caro ao longo do tempo. Depois de uns anos, independente do que usava, o que vinha era a depressão escondida.
Tudo mudou, meu relacionamento com a droga também e comecei, de fato, a entrar num mundo sombrio. Comecei a mergulhar no meu mundo interior. Cheguei a um ponto que só uma internação era a saída e fui parar numa clínica psiquiátrica. Foi lá que eu entendi que “só quando se chega no fundo do poço é que aprendemos a tomar a direção correta”.
Duas coisas importantes aconteceram lá: a primeira foi conhecer pessoas que passaram pelo que passei e que estavam vivendo muito bem – elas iam nos visitar e nos diziam isso com muita alegria! A segunda foi conhecer a Simone, uma terapeuta que iria me visitar nos três meses que vivi lá sem me cobrar nada por isso. Talvez ela não saiba, mas ela é um ser iluminado. E que me ensinou a colocar os óculos (uma vez contei a ela que, quando minha avó não queria conversar com ninguém, ela tirava os óculos – era um sinal pra não chegarmos perto).
As pessoas que me serviram de incentivo viraram amigos, mas a melhor parte é que hoje posso fazer o mesmo que fizeram por mim!
Já me identifico com as primeiras pessoas que conheci e sempre agradeço a Simone, que continua me ajudando quatro anos depois.
Fé na vida restaurada.
Hoje e sempre!
Obrigado por compartilhar! _/\_
Eu que agradeço!!! : )
Amém! Essa é uma das melhores partes em sermos ajudados, acabamos com aquela necessidade de fazermos o mesmo com os outros né?! *-*
Criamos um dos melhores ciclos!